Toda mulher, independentemente de idade, etnia, credo ou formação, acredita que vai encontrar o homem da sua vida. Aquele príncipe encantado que com certeza vai te fazer feliz. Vai te fazer perder completamente a noção do egocentrismo, fazendo se sentir única.

E nem adianta dizer: “Não sou desse tipo, apóio o feminismo...” Essas são aquelas que lá no fundo, quando estão sozinhas, no quarto escuro, no silêncio da noite, no descansar do travesseiro, respira fundo e pelo menos imagina como seria. E de repente se surpreende gostando daquela fantasia. É nesse momento que cai uma lágrima. Mas quando abre os olhos na luz da manhã, esquece quase que necessariamente dos devaneios da noite anterior e se lembra vagamente como se não tivesse sido com ela. Jamais! Ela Mente. Mente para si mesma e essa é a pior mentira.
Nós mulheres, gostamos de ser vistas, notadas. De saber que tem alguém que se lembra da gente. É uma das necessidades femininas. Está bem ali, entre a realização profissional e a independência.
Não estou dizendo que para se apaixonar temos de ser “Amélias”. A realização profissional não interfere na realização amorosa. É só não deixar que uma tome conta da outra. Duvido que para um homem não seja um “tesão” ser companheiro de uma mulher extremamente vaidosa, independente social e financeiramente, ótima de cama, sem horários, sem cobranças. Poderosa profissionalmente. Uma legítima mulher de carreira que não abre mão de um corpo masculino e quentinho para desanuviar de um dia longo. Deve ser até uma fantasia!
E para quem é “Amélia”, por necessidade ou por opção, nunca se envergonhe disso para as profissionais. Dedicar sua vida à cuidar de alguém não é fácil. Não tem horário da entrada nem da saída- fazendo referencia às que trabalham. É um compromisso de 24 horas, sem férias, sem descanso e lamentavelmente na maioria das vezes até sem reconhecimento. Mas para quem ama, não há sacrifício algum...
E ainda há as que são as duas faces femininas. São médicas, enfermeiras, professoras, psicólogas, dentistas, advogadas, secretárias ou até mesmo caixa de uma padaria que quando largam no trabalho, se transformam em donas de casa, mães, esposas, amantes, confidentes... Para essas eu tiro o chapéu.
Este Blog não trata de definições, ou padrões, muito menos de julgamentos. Não se trata de quem está certa ou errada. Trata-se inocentemente de amor. Somos todas diferentes. Cada uma com sua particularidade. Mas todas com pelo menos a intenção de se apaixonar. A busca é longa, eu sei. De todas essas mulheres que descrevi acima, já desempenhei a maioria dos papéis. Se não todos. Errei muito, acertei algumas vezes... Mas nunca desisti. E achar seu príncipe pode demorar bastante. E para saber se “aquele” é o certo, só existe uma maneira: Experimente.

Não há nada mais valioso e didático que uma coleção de amores. Cada com sua bagagem, às vezes positiva, às vezes não. Mas cada um deles são uma experiência ímpar, vivida somente com você, onde você foi a protagonista e por aquele período você foi feliz. É melhor ter sido feliz várias vezes, mas ter acabado, do que você acabar não tentando ser feliz nenhuma vez.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

AMOR QUE É SUJO E PERVERSO

Este texto não é meu, é da escritora Tati Bernade, mas que de tão bom, resolvi dividir a experiência de senti-lo ...

Amor é que é sujo e perverso
De Tati Bernarde
            A maior pornografia que existe é o amor. O amor acontece quando você não tem nojo de saborear toda a pessoa, sem cerimônias ou limitações.
Estou numa festa de gente fina, elegante e sincera. Mentira. Estou numa festa de gente metida a fina, a elegante e a sincera. Visto uma saia mais curta que meu talento para esse tipo de festa. Escolho minha presa e o convido para ir até minha residência. Ele é alto, forte e tem o queixo quadrado. Ele não quer que eu tire o salto alto nem a saia. O resto todo eu posso tirar. Transamos no sofá novo e roxo que comprei. Não lembro se o nome dele é Alan, Aldo, Álamo ou Wally. Não consigo gozar porque estou preocupada demais com os dois segundos em que nos encostamos sem camisinha. Não sei quem é esse cara. Ele não é divertido, ele não tem senso de humor, não é charmoso e acha que contar esse papinho furado sobre ser um “executivo que surfa” é o que faz mulheres darem pra ele. Não existe nada mais clichê em São Paulo do que ser um “firma” metido a “amante do esporte e da natureza”. Pode até funcionar com algumas moças deslumbradas e igualmente ocas, mas o que me fez dar pra esse sujeito, além de tédio existencial, não tem absolutamente nada a ver com o que ele possa vir a pensar ou falar ou fazer. Foram os ombros largos e a bunda seca. Odeio homem com ombros curtos e bunda grande ou empinada, tipo pagodeiro. Gosto de homem com costas longas e bunda magrela. Homem não tem que ter bunda grande, tem que ter carteira cheia.
            Ele quer agora transar em pé. Não achamos uma posição, não temos intimidade, não temos nada. Não temos mais nem vontade de transar. O efeito da bebida passou e agora somos dois estranhos tentando disfarçar a angústia profunda de fazer amor sem amor. Nada disso é erótico, sensual. “Ah, peguei um gostoso numa festa e levei pra casa!” Grande coisa. Você perdeu um tempo precioso em que poderia estar curtindo um bom livro no quentinho acolhedor da sua caminha. A única putaria possível, fazemos com quem amamos. A maior pornografia que existe é o amor. Só no amor é possível ficar enlouquecido de tesão com uma mancha estranha nas costas da pessoa, com um pelo solitário que você encontra em algum centímetro de pele escondida, com uma posição que não favorece a barriga, com pés tortos e caretas estranhas. O amor acontece quando você não tem nojo de saborear toda a pessoa sem cerimônias ou limitações. O amor é quando não se pensa no sexo, apenas se faz para não morrer. Amor é sexo não cerebral, um fluxo ignorante que nos liberta completamente. Amar é nunca ter que pedir: “perdão, você pode tomar um banho?” Amar é infinitamente mais sujo, perverso e doentio do que transar com qualquer pessoa suja, perversa e doentia num banheiro de uma balada suja, perversa e doentia. Aquilo que você faz, num lençol branco e limpinho, com a pessoa que você conhece há tantos anos, é muito mais perigoso que uma loucura com um desconhecido qualquer. Essa putaria rolando solta pelas noites afora não passa de desculpa medíocre de gente que sente inveja do amor.      O amor é para os verdadeiros aventureiros, corajosos, desbravadores. O sexo selvagem e casual é coisa de menininha.

Tati Bernardi é escritora e roteirista. Escreva para ela: tatibe@uol.com.br

Texto Original disponível 
disponível em 09/12/2011

domingo, 30 de outubro de 2011

Em Busca de um amor...

          Um amor verdadeiro, Um amor racionalmente louco que tenha coragem de enfrentar a sociedade, engolir o orgulho e inseguranças. Quero me sentir com calor por sentir o sangue apaixonado que é quente, correndo nas minhas veias. Quero dormir e acordar com alguém sorrindo ao meu lado contemplando o meu acordar. Quero me sentir segura e acolhida nos braços dele. Quero sentir que ele me necessita ao perceber a tranquilidade em seus olhos ao me ver. Quero saber que é ele que está do outro lado da linha quando o telefone toca. Sentir um frio na barriga quando ele me olha. Saber que ele tem coragem para se dedicar à nossa vida e não tem receio de me abraçar ou beijar na frente de ninguém. Saber que tenho alguém para me proteger das porradas da vida e me oferecer seu peito para eu chorar quando alguma coisa não deu certo. Sentir que num simples tocar de pele ele se ecxita e me rouba. E nos entendemos numa simples troca de olhar. Quero sentir o cheiro forte da sua roupa. Quero sentir seu hálito quente. Quero alguém que me cultiva preocupado se faria algo para me magoar ou não. Quero alguém que me surpreenda nas pequenas coisas do dia-a-dia, mas que fazem diferença.Quero uma flor roubada da rua... Quero um pedido de desculpas...Quero ouvir "Eu te amo" sussurrado no meu ouvido quando estou dormindo com a certeza de que ele está ali, tranquilo do meu lado. Quero um homem para me proteger mas um menino para brincar e fazer carinho... Isso é amor.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Poemeto Erótico - Manuel Bandeira


Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo branco e macio
É como um véu de noivado...
Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...
Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeja,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia de água e da chama...
A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...
Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...

terça-feira, 26 de julho de 2011

FERNANDO - O QUARENTÃO

“Sinto quando você está chegando pelo som dos seus saltos.” Essa era a frase que ele sempre me dizia. E para falar a verdade,  foi assim que o conheci... caminhando. Cada vez que “desfilava” até a sala do chefe e voltava para a minha mesa, ele me acompanhava com os olhos e esboçava um sorriso. Enquanto o relógio trabalhava naquela sala de espera e sua vez à reunião não chegava, começamos a conversar. Adivinha: Ele elogiou minhas sandálias. E depois do meu “obrigada” sem nenhuma formosura, ele se sentiu mais a vontade em continuar com a conversa. Pela sua aparência e  maneira de falar, percebi que ele era mais velho que eu. Talvez algumas décadas, mas devido a conversa produtiva, comecei a reparar mais naquele com quem eu jamais imaginaria flertar. Pele morena, meio avermelhada, cabelos grisalhos, num corte moderno todo trabalhado na cera para cabelo [risos]. Estava todo vestido de preto. Mas sobrepunha um Blaiser com uma camisa elegante, com as duas mangas enroladas no punho.  Ele estava me olhando diferente. A gente sente. A gente sabe. Mas, colocando os pés no chão e por se tratar de um ambiente de trabalho, logo me recompus e dei Graças à Deus quando ele  tive que acompanha-lo à sala de reuniões. Enfim sozinha. Longe do olhar dele. Ao fim da Reunião todos saíram falando alto e gesticulando como sempre e eu nem me atrevi a levantar os olhos. Mas num determinado momento não me agüentei de curiosidade e os levantei os só um pouquinho, e encontrei com os olhos dele fixos olhando para mim, sem piscar. Caminhava lentamente  deixado para trás por aquela balbúrdia. Não consegui conter o sorriso. Enfim, passou, ele foi embora, mas porque eu estava agradecendo tanto por não vê-lo mais? Estranho. Mas fiz questão de esquecer.  No dia seguinte, atendo o telefone e é ele que está do outro lado da linha. Quando eu disse que ia passar a ligação para o diretor, ele me perguntou se eu estava usando aquelas sandálias. Novamente involuntariamente  meu sorriso se abriu e respondi que sim. Ele me perguntou se eu não gostaria de desfilar algumas sandálias para ele. Me convidou para jantar. Onde eu estava com a cabeça quando aceitei? Naquela mesma noite ele foi me buscar. E assim que entrei no carro ele me deu uma caixa de presente. – Por Favor! Recusei eu.  Mas ele me disse que se eu não aceite-se  seria uma disfeita da minha  parte negar um presente que ele sabia que eu ia gostar. –Ok. Quando abri, era uma sandália lindíssima, Púrpura, com um salto altíssimo, só com algumas tirinhas amarradas no tornozelo por uma fita. É óbvio que achei linda e agradeci o presente. Ele disse que não são todas as mulheres que ficam bem de sandálias, mas que meus pés eram perfeitos. Jantamos num clima de pura cortesia, onde elogios e galanteios eram dirigidos a mim com a mais pura elegância e maturidade. Um homem diferente. Que conversava de verdade. Que ensinava, que compartilhava experiências sem se colocar em nenhuma cátedra. Apenas falava. E eu ouvia, absorvia cada palavra  e encarava cada gesto ou assunto que surgia com um olhar completamente libidinoso, lascivo. E essa era sua intenção. Me hipnotizar com aquelas palavras difíceis e suas mãos grandes escorregadias que por um segundo foram parar entre as minhas pernas, disfarçadamente enquanto nossos lábios quase se tocaram. Expirei. Permiti. Já no carro, a caminho de um lugar mais privado, Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Abandonada em seus braços fui colocada na cama numa delicadeza quase que angelical. Ao me colocar lá, ele se deitou sobre mim, e foi me beijando desde a boca até meus pés, onde ele suavemente tirou minhas sandálias e colocou mais suave ainda as que me dera de presente – que ficaram lindas em meus pés alvos e pequenos. E falando na sandália, foi a única parte do vestuário que ficou  em meu corpo, porque o resto foi arrancado numa intensidade fora do comum. Mas ele era diferente. Diferente dos outros. Talvez por sua idade e experiência , não tinha aquele “desespero” cativo dos mais jovens que querem se consumir em um só antes que a sensação passe. Ele queria que aquilo durasse. E toda hora que eu tentava apressar as coisas ou colocar intusiasmo na situação, ele simplesmente falava “Calma”.  E assim cada movimento, cada esforço ou expressão dele se tornava único. Ele se fazia sentir a cada vez que me invadia. E isso fazia aumentar mais sua ausência ao sair de mim. E isso levou horas. E a cada vez que eu me perguntava como isso era possível, como poderia estar sentindo tudo aquilo, há tanto tempo, mais eu me convencia de que era ele quem tinha o controle absoluto, de sua mente , seu corpo e de mim. Principalmente de mim. Perdi a conta do número de vezes que me fez chegar ao máximo de mim, enquanto ele parecia estar naquele transe de qual só despertava para me beijar, beijar meu corpo e principalmente meus pés calçados na sandália. Enquanto eu estava deitada a me contorcer de prazer, ele estava  sobre mim com minha perna em seus ombros  e eu reparava que enquanto ele me ouvia virava a cabeça e admirava meus pés.  Me olhava nos olhos para saber pelas janelas da minha alma se realmente eu estava sentindo o que ele estava fazendo para eu sentir... E eu sentia. Por fim, ele acabou. Não sei quanto tempo ficamos ali. Mas me lembro de ter pego num sono profundo logo em seguida. Eu sendo quase vinte anos mais nova, não estava preparada digamos fisicamente para ele.  Seu beijo era quente quando me acordou. Ele era muito carinhoso. Ao me fazer carinho ele olhava mesmo para mim. Me observava, me estudava. Estar com ele era diferente, era tranqüilo...  seguro. E essa sensação de segurança, de bonança aumentava cada vez que nos encontrava-mos. Ele me cuidava, me preservava. E eu aprovava isso. Por fim ter uma pessoa que me cultivava do jeito que eu acho que mereço. Em todos os meus relacionamentos, eu sempre esperava mais. E ele era mais. Finalmente eu me senti viva, vista, apreciada. Como amigo, ele me fazia rir, me ouvia, me ajudava, como amante, ele me completava, me consumia, me sorvia, me degustava. Como amor ele simplismente me amava, com a dedicação, devoção e lealdade que os amores devem ter.  Estranho achar em uma pessoa com muitos anos a mais que eu, aquilo que procurei durante anos. É estranho finalmente ser o fim. Enfim encontrar a pessoa que entendia minhas necessiadades de amiga, amante e amada. Sem precisar pedir ou até mendigar um pouco de atenção.  Nunca! Ele sempre sabia. Ele sempre entendia. Ele sempre estava lá... e com um novo par de sandálias.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Esse texto Não é meu. Mas é tão bom e tem tanto haver com a minha proposta que mereceu destaque na blog.

POR QUE OS HOMENS NÃO MIJAM SENTADOS?
Mijar de pé, cagar sentado. É lei.
POR QUE OS HOMENS, DEPOIS DE MIJAR, NÃO ABAIXAM A TAMPA DO VASO?
Porque a gente já teve o trabalho de levantar na nossa vez. Cada um com seus problemas.
POR QUE OS HOMENS, MESMO LEVANTANDO AS TÁBUAS, MIJAM FORA DOS VASOS?
Se você olhar bem, vai ver que o orifício peniano não é redondo. Logo o jato nem sempre vai para onde o pau está apontado. Além disso, às vezes esse buraquinho fica meio grudado, gerando uma dispersão de jatos, principalmente de manhã.
POR QUE OS HOMENS SEMPRE DEIXAM UM PELINHO NA BORDA DA LATRINA?
Marcar território.
POR QUE OS HOMENS NUNCA ESFREGAM O CLITÓRIS DA GENTE NO LUGAR CERTO?
Só de sacanagem!
POR QUE OS HOMENS NÃO SABEM ONDE FICA O PONTO G?
Ponto o quê?
POR QUE OS HOMENS ADORAM TRANSAR POR TRÁS?
Para poder continuar assistindo TV sem vocês perceberem.
POR QUE OS HOMENS PEGAM VÍDEO DE SACANAGEM SEM ESTÓRIA?
Pela sacanagem, ora! É como ver os gols do Fantástico sem precisar assistir ao jogo todo.
POR QUE A FANTASIA DOS HOMENS É TRANSAR COM A NOSSA MELHOR AMIGA?
Na verdade não é com a sua melhor amiga. É com TODAS as suas amigas.
POR QUE OS HOMENS JAMAIS TOPARIAM UM TRIÂNGULO COM MAIS UM HOMEM?
Porque é nojento!
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE GIRAR O PAU COMO SE FOSSE UMA HÉLICE DE HELICÓPTERO?
Se você tivesse um, também iria girá-lo. É tipo…laço de cowboy.
POR QUE OS HOMENS ESTÃO SEMPRE COM OS MÚSCULOS DA BUNDA CONTRAÍDOS?
Para não peidar quando a barriga fica batendo nas nádegas da parceira.
POR QUE OS HOMENS TEM TESÃO EM MENINAS COM UNIFORME DE ESCOLA?
Ah, meninas com uniforme de escola…
POR QUE OS HOMENS TÊM TESÃO NA XUXA?
Porque ela veste roupas de menininha de escola.
POR QUE OS HOMENS EMPURRAM A CABEÇA DA GENTE PARA BAIXO QUANDO QUEREM UM BOQUETE?
Porque se pedir vocês não vão.
POR QUE OS HOMENS SÓ TÊM UMA CAMISINHA NA CARTEIRA?
Porque depois que a gente gozar, vai querer ir embora, logo não vai precisar de mais uma.
POR QUE OS HOMENS ADORAM VER DUAS MULHERES TRANSANDO?
De repente sobra pra gente!
POR QUE OS HOMENS ACHAM QUE MULHER QUE GOSTA DE DAR É PUTA?
Na verdade todas são putas. As que gostam de dar apenas assumiram.
POR QUE OS HOMENS TÊM DUAS BOLAS E NÃO UMA?
Para poder dar a segunda e dormir.
POR QUE OS HOMENS QUEREM IR PARA A CAMA NO PRIMEIRO ENCONTRO?
Objetividade.
POR QUE OS HOMENS FICAM PUTOS SE VOCÊ NÃO QUER DAR NO PRIMEIRO ENCONTRO?
Detestamos falta de objetividade.
POR QUE OS HOMENS VÃO EMBORA LOGO DEPOIS DE TRANSAR COM A GENTE NO PRIMEIRO
ENCONTRO?
Porque vai passar o video tape do jogo na TV.
POR QUE OS HOMENS ACREDITAM QUANDO A GENTE FINGE QUE GOZA?
Na verdade, estamos pouco nos lixando. É só para vocês, já que não gozaram, sentirem prazer em nos enganar. Tá vendo como somos legais?
POR QUE OS HOMENS GOSTAM MAIS DE CERVEJA GELADA DO QUE DE MULHER?
1. Cerveja está sempre molhadinha.
2. Cerveja não reclama quando estamos assistindo ao jogo.
3. Cerveja não pede para a gente ir ver filmes tipo “Love Story” no cinema.
4. Cerveja não tem mãe.
5. Cerveja não olha para a gente com aquela cara de desprezo quando broxamos.
6. Quando acabamos de beber a cerveja, podemos jogar ela fora que ela não fica chateada.
7. Cerveja não fica chateada se a gente olha para outra cerveja. Entendeu?
POR QUE OS HOMENS BRINCAM DE DAR TOALHADA UNS NAS BUNDAS DOS OUTROS?
Porque dói, oras!
POR QUE OS HOMENS TÊM NOJO DO PRÓPRIO SÊMEM E FICAM OFENDIDOS QUANDO A GENTE NÃO ENGOLE?
Não ficamos ofendidos. É que não é bonito, uma moça tão bonita, cuspindo porra por aí…
POR QUE OS HOMENS NÃO FAZEM STRIP TEASE PARA A GENTE?
Se o seu homem não faz para você, aí é outro problema.
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE OUVIR QUE O PAU DELES É O MÁXIMO?
E não é? Ainda mais para vocês, que não tem. Sabe, Freud já falou sobre a inveja do pênis.
POR QUE OS HOMENS CONTAM PARA OS AMIGOS QUE NOS COMERAM?
Metade do prazer está em contar. Por exemplo, que graça teria comer a Sharon Stone e levar essa informação para o túmulo???
POR QUE OS HOMENS NÃO REPARAM QUE ESTAMOS DE LINGERIE NOVA?
Ué? Vocês não reclamam que a gente só liga para a beleza externa? Então ta aí mais uma prova que nos preocupamos com o conteúdo, o interior…
POR QUE OS HOMENS SE ANIQUILAM QUANDO GOZAM?
Pô, depois de manter esse pauzão levantado por tanto tempo, tem que ficar cansado mesmo!
POR QUE OS HOMENS TÊM TESÃO NA NOSSA IRMÃ CAÇULA?
Porque, em geral, ela é você mais gostosa, mais novinha, usa roupa de colegial, etc.
POR QUE OS HOMENS FICAM CHEIO DE DEDOS QUANDO A GENTE PEDE UM TABEFE NA HORA DA TRANSA?
O que a gente quer mesmo é bater contra a vontade de vocês. Mas é legal dar uma amaciada no bife antes de comê-lo.
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE OLHAR PARA OUTRAS MULHERES NA RUA?
Você acha que só você é gostosa???
POR QUE OS HOMENS AVISAM QUANDO VÃO GOZAR?
Para ver se vocês tomaram ou não ou anticoncepcional.
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE VER A GENTE CHUPANDO O PAU DELES?
Vocês ficam tão bonitas…
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE CHAMAR A GENTE DE “MINHA PUTINHA?”
Porque você é minha. Se não fosse chamava de “putinha do próximo”
POR QUE OS HOMENS USAM AQUELAS CUECAS ZORBAS HORRÍVEIS?
São mais confortávei e baratas. Ah, vai… não são tão feias assim…
POR QUE OS HOMENS TÊM CIÚMES DOS NOSSOS AMIGOS HOMENS?
Porque temos certeza que eles só pensam em comer vocês. Todos nós somos assim. Esse negócio de amizade entre homem e mulher é só pretexto.
POR QUE OS HOMENS SEGURAM A BASE DO PAU NA HORA DA PUNHETA?
Para ver se vocês se concentram em lamber mais em cima, que é onde sentimos alguma coisa.
POR QUE OS HOMENS GOSTAM DE VER NOSSOS BIQUINHOS ARREPIADOS?
Talvez porque lembre do seio da mãe, sei lá. Ah, lembrei: é sinal de que vocês estão excitadas (ou o ar condicionado está muito forte)
POR QUE OS HOMENS FAZEM CAMPEONATO DE PUNHETA?
Porque punheta é um negócio que dá para competir: Quem goza primeiro, quem goza mais volume, mais longe. Já siririca não tem jeito, né?
POR QUE OS HOMENS NEGAM QUE FAZEM TROCA-TROCA NA INFÂNCIA?
Porque não fazemos, ora! Só porque você pegou o seu irmão dando para o vizinho agora acha que todo mundo é *****!
POR QUE OS HOMENS NÃO GOSTAM QUANDO A GENTE PASSA O DEDINHO NO RABO DELES?
Porque ali é só porta de saída. Que nem cinema.
POR QUE OS HOMENS ADORAM COÇAR O SACO?
É que nem arrotar e cuspir no chão. Coisa de macho…
POR QUE OS HOMENS DETESTAM BEIJAR A GENTE QUANDO ESTAMOS DE BATOM?
Porque ficamos parecendo o Bozo.
POR QUE OS HOMENS ACORDAM DE PAU DURO?
Porque, em geral, sonhamos com as suas irmãs e suas amigas (vestidas de colegial).
POR QUE OS HOMENS, QUANDO TIRAM A CAMISINHA, DÃO UM NÓ?
Para ter certeza que, se você engravidar, você vai parir um McGiver.
POR QUE OS HOMENS SE MASTURBAM MESMO QUANDO SÃO CASADOS?
Mas é sempre pensando em você, meu amor.
PORQUE OS HOMENS ESTÃO SEMPRE AJEITANDO OS PINTOS NAS CALÇAS?
Porque cada um tem a posição preferida, e no decorrer do dia ele vai se deslocando, exigindo um imediato reposicionamento.
POR QUE OS HOMENS SE PREOCUPAM TANTO COM O TAMANHO DOS SEUS CACETES?
Ué, pensei que fosse importante, sei lá, pelo impacto…
PORQUE OS HOMENS NUNCA ADMITEM QUE A MÃE DELES TAMBÉM FAZ SEXO?
Se nem Cristo admitia, porque logo nós vamos ter que admitir?
POR QUE OS HOMENS EXIGEM QUE A GENTE DEPILE AS PERNAS E DEIXAM A BARBA MAL FEITA?
Por mim, pode sair peluda. De repente você descola até um empreguinho no Circo de Moscou.
POR QUE TODO ADOLESCENTE HOMEM TENTA CHUPAR O PRÓPRIO PAU?
Opa, essa eu nunca tentei…
POR QUE OS HOMENS, QUANDO USAM PAPEL HIGIÊNICO DEPOIS DE MIJAR, FICAM COM UM PEDACINHO GRUDADO NO PAU?
Papel Higiênico no Pau??? Não pode…. A última gota é sempre da cueca.
E POR QUE, MEU DEUS, POR QUE OS HOMENS SEMPRE DESARRUMAM OS MALDITOS TAPETINHOS DO BANHEIRO?
Esse negócio de tapetinho arrumado é coisa de *****!

Fonte: http://nadanormais.wordpress.com/ 

terça-feira, 21 de junho de 2011

ECO DA FADIGA


Ando cansada de tudo, de todos.

Sinto um enjôo visceral de certos sons e cheiros e gestos e sentidos...
É como uma letargia contínua.
Entorpecente e incômoda, que só motiva a uma coisa:
Escapar à francesa para uma quimera.
Escapar de quando um drama se repete, e eu percebo isso.
E ainda assim me abato nas garras irresistíveis da mesmice.
Pura e simples equivalência intercambiável do que já foi.
Então, de onde vem esta cobiça polposa pela ousadia?
Que num simples piscar de olhos me conduz à uma ficção,
Onde Sou, Faço, Sinto, Deleito.
Onde se vela esta ousadia?
Clareia! Anda clareia!
Ampara o dúbio espectro a jazer uma história palpável.
Clareia! Anda clareia!
O torpor volta e dissipa a mísera sensação de suplantação.
Eu já vi essa cena. De novo. Que sono.

sábado, 18 de junho de 2011

A três

          Quando nos encontramos, os três, pela primeira vez e por acaso, nos sentimos inexplicavelmente atraídos. Era uma amizade verdadeira, e quanto mais nos conhecíamos, mais forte era a necessidade uns dos outros. De uma ora para outra, nós três éramos amigos de infância e de repente a intimidade de frequentar uns a casa dos outros se tornou cotidiana. De manhã cedo, os três celulares enviavam “bom dia”. Ao sair do trabalho os celulares enviavam o destino dos três à procura de café. Isso quando do café não se estendia em uma conversinha até altas horas, o que rendia um péssimo dia de trabalho no dia seguinte. Nos finais de semana, a noite de sábado era religiosamente para curtir fora. Acontecesse o que acontecesse. Era sagrado. E o mais legal era à volta, quando pernoitávamos na casa de algum de nós, literalmente jogados em um canto ou alguém qualquer. Os domingos eram mais culturais. Ou algum filme, ou algum papo, ou apenas a nossa presença já servia. Como ninguém estava namorando o que mais tínhamos era tempo para nos divertir. Das conversas desde o entardecer alaranjado ao primeiro raio dourado do sol, eu me certificava mais e mais que se existisse alma gêmea, a partir da nossa amizade existia “alma trigêmea”. O vazio que se encontrava em um era totalmente preenchido pelo outro. Mas é óbvio que em se tratando de sexos opostos, naturalmente o assunto "sexo" surgiria. Mesmo que por meio de brincadeiras ou insinuações. E quando estava sozinha, com um de cada vez, é claro que o assunto se aprofundava. Talvez se aprofundasse mais, se não fosse o respeito pelo terceiro que estava ausente. Mas desejo a gente não controla. Eu creio que se consegue controlar, matar ou dar asas para o "sentimento", mas para o desejo não. E com esse conceito na cabeça, passei mais uma noite sozinha com um deles. O outro tinha ido a um encontro. Talvez por esse motivo eu me sentisse cada vez mais com mais razão de estar ali sozinha com ele e pensando o que eu estava pensando. Estávamos no tapete, e eu com a cabeça na almofada que estava no colo dele, assistindo uma ceninha nada de acordo com a classificação de "ação" do filme, percebi que ele estava sem graça: Sozinho, comigo deitada no colo dele, numa sala escurecida com um casal se comendo na televisão – para a timidez dele era informação demais. Foi quando percebi uma ligeira pulsação abaixo da almofada em que eu estava deitada. Foi a deixa... Ele ficou nervoso e começou a se atrapalhar. Antes que a ocasião passasse, de um movimento só agarrei cabeça dele e o beijei. Sem pensar... sem respirar... Eu sabia que ele também queria e os motivos de tanto zelo não me importava nunca me importaram. Já estava sentada em cima dele, e finalmente sentia as mãos dele passeando pelo meu corpo – que sensação de alívio por saber que ele não ia se desviar de mim. Foi meio desesperado. Parecia que estávamos com pressa e na verdade parecia que estávamos com medo do outro chegar a qualquer momento. Mas ao mesmo tempo ele foi tão doce. Essa é a palavra que definiria aquela atitude: Doce. Lembro de ele beijar cada parte do meu corpo que ele despia. Ele admirava, ele experimentava. Ainda estava sentada nele quando ele me invadiu. Senti paz. Consegui – pensei. A cada movimento que fazíamos naquela posição, mais nos apertava-mos um contra o outro quase que querendo virar um só. Aquele ritmo foi aumentando e eu sentia cada vez mais. Já tinha ido quatro vezes, quando sussurrei no ouvido dele que queria ouvi-lo gozar. Foi quando o ritmo aumentou novamente e pouco tempo depois ouvi o urro que estava esperando, e senti o peso dele se debruçar sobre mim. Agora não tinha mais volta. Ele era cheio de carinhos e atenções. Mas na mesma hora que tudo acabou e a minha cabeça voltou para o lugar lembrei-me do outro, que não apareceu o resto da noite. Quando ele dormiu, me vesti e fui para casa. Já era de manhã. Dormi por algumas horas. Acordei com o toque da campainha. Pela impaciência do toque, eu já sabia que era o outro e que ele já estava sabendo do que aconteceu. Eu disse oi, e ele entrou. Respirava fundo, quase bufava.
- Eu sei que você já sabe. – Disse eu. Mal acabei de falar e ele me deu uma tapa na cara.
– Vadia – Ele me respondeu. Ele tremia. E eu ainda sentia a minha cara ardendo quando ele veio desesperado na minha direção, me agarrou pelo pescoço e literalmente enfiou a língua na minha boca. Não posso dizer que aquilo tudo não tinha me excitado. Por entre os cantos da minha boca, ele murmurava com um tom de voz ofegante – Eu quero você. E repetia – Eu quero você. E foi me empurrando em direção a mesa da sala   a r r a n c a n d o  a parte de baixo da minha roupa e abrindo o zíper dele. O beijo já não era mais beijo. Nós estávamos nos mordendo. Sem tirar mais nada ele me jogou em cima da mesa e entrou em mim com força e gemeu. Já de início eu gozei. E ele continuava resignado com força, prendeu meus braços e apenas fazia. Eu tentava me soltar, mas não tinha força para isso. E ele continuou mordendo apenas o que estava à mostra porque estávamos vestidos. Puxou minha cabeça para trás pelos cabelos, e nisso eu já tinha gozado de novo. Quando eu olhava para a cara dele, parecia que estava com raiva e quando ele viu que eu o estava encarando, me segurou pelo queixo e me perguntou: - É disso que você gosta vadia? – É - Respondi com muita dificuldade. E ele me segurou contra ele e fez com mais força ainda. A mesa batia na parede. Quando ele por fim gozou, ele não urrou normalmente, ele quase que gritou como um alívio de uma dor ou coisa assim. Nem tinha me recuperado quando observei a cena na qual estava e vi um cenário de devastação. Parecia que ele tinha voltado ao normal, mas ainda me beijava com força. Foi o melhor sexo que eu já fiz na minha vida. Quando ele saiu de mim parece que também se deu conta do que tínha feito. Percebi que ele pensava muito. Mas não falava nada. Era um silêncio sinistro. Ele sentou no sofá. E novamente me lembrei da amizade de nós três. Saí em silêncio em direção ao banheiro e ouvi quando a porta bateu. Ele tinha ido embora. Chorei muito. As lágrimas se foram pelo ralo. Tinha a certeza de que tinha estragado as amizades mais sinceras que já tive na minha vida. O silêncio do qual falei, entre eles e eu, durou muito tempo. Dias, semanas, meses e meu telefone não tocava. Passei por uma espécie de crise de abstinência deles dois. Tudo doía. A falta deles, dos meus amigos doía. E como eu disse que em sentimento a gente não manda, a ausência de um deles doía mais, e por se tratar de sentimento, não sei explicar por que. Minha campainha toucou e sem maiores esperanças abri a porta. Quando vi quem era, me deu um quentinho no peito e eu sorri pela primeira vez em meses. Então esse de quem eu sentia mais falta, aquele que eu amava voltou para mim.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Irmão

                Senti seu olhar me seguindo. Foi como uma chama lambendo o chão onde eu tinha pisado indo na minha direção. Sem muitas cordialidades ou falsas educações nos aproximamos por entre a penumbra avermelhada. O cheiro de cigarro e cerveja quente já contaminava o ambiente, quando já estávamos de pé um na frente do outro,  iluminados pela luz de um neon verde que fazia a silhueta de uma marca de cerveja. Então saímos Dalí e lá deixamos algumas formalidades também. Mal bateu-se a porta de saída e eu já me encontrava nos braços dele. Seu olhar me arrepiava. Seu hálito era muito terno. Percebi nele uma satisfação de estar comigo. Pareceu-me até um alívio. E somente de estar a meu lado. E o mais estranho é que também senti.  De repente tudo que havia passado, feito ou experimentado fazia sentido: Era para ele, era por ele. Era cativa daquilo que tínhamos e cada vez que o desejo nos vencia era uma insanidade. E assim moramos juntos por algum tempo até que enfim tocamos no assunto: Um filho. Ele me dissera que não teve a oportunidade de crescer em uma família e viveu com seu irmão, sozinhos por muito tempo. Irmão esse que eu não conhecia ainda, mas que ele falava muito e tinha acabado de se separar dele quando me conheceu. Enfim, o assunto do filho surgiu e eu não me recusei. Pelo que eu sabia da vida dele ele merecia ter uma família, saber e sentir a paternidade. Porque não? 
                Um dia o telefone tocou, era o irmão dele a quem convidamos para conhecer a casa onde estávamos morando. Ele chegou. E quando fui abrir a porta, não posso explicar com palavras o que senti. Na hora me veio na cabeça o rosto do meu amor, a quem entreguei a minha fidelidade e devoção, como um tipo de censura para aquilo que estava alarmando a minha paz. E senti que o irmão também sentia. A gente sabe. Sempre sabe. Durante o almoço e o resto do dia eu mal levantava a cabeça. Não conseguia nem olhar os dois juntos. Mas com o passar dos dias, isso foi se acalmando. Pelo menos era o que eu acreditava. Era no que eu queria acreditar. Até que fui ao médico. Ainda não estava grávida e pelo que ele tinha diagnosticado, não poderia acontecer nunca. Ele não podia. A notícia veio como um raio. Isso era tão importante para ele. Depois de tudo que ele havia passado, ele merecia isso.
                 Ao chegar em casa o irmão estava lá. E como que inconscientemente perguntei o que ele seria capaz de fazer em nome de seu amor pelo irmão. Ele entendeu. Ele, mais do que eu, sabia o quanto isso era importante para ele, mas fingiu que não entendeu e foi embora. No dia seguinte o telefone toucou. Eu estava sozinha. Ele me chamou para o lugar onde ele estava. Eu fui.  – Ele nunca vai saber disso. Certo? Eu apenas balancei a cabeça. Ele olhou para trás como se não tivesse jeito e quando pensei que fosse desistir segurou minha cabeça e me beijou meu pescoço. Jurei para mim que não sentiria nada. Que seria somente para fazer o meu amor feliz. Sexo sem beijo, sem carinho, sem amor. Só que tinha uma coisa que eu não sabia. Em meio a toda aquela energia, suor, saliva, não pude me controlar e talvez neste momento tenha traído o meu amor. Eu senti e ele sentiu. E pela primeira vez, depois das escapadas de olhares, ele me olhou nos olhos e encostou a boca na minha. Já não respondia mais por mim e por um segundo – ou mais – esqueci o real motivo de ter ido lá e me deixei levar. E conscientemente, fizemos amor, com direito a tudo que o amor permite. Com paixão, com desejo, com realização. E eu senti tudo. Quando ele me beijou, quando apoiou minha perna com seu braço, quando me virou de bruços, quando se derramou dentro de mim... Ofegantes e ligados um ao outro, mal pude acreditar. Estava feito. Não nos olhamos depois disso. Acho que entendemos que tínhamos ido longe demais. Tínhamos? Ao chegar em casa comecei a chorar. Simplesmente chorei. Sem parar. Creio que durante horas. Dormi.
                Ao abrir os olhos com o raiar do dia, meu amor estava sentado na cama me olhando dormir. Com a frieza da mulher mais inescrupulosa, dei um beijo nele e disse que senti saudades – Ele acabara de chegar do trabalho que era à noite. Depois de algum tempo, recebemos um telefonema do irmão, que andou sumido, mas estava ligando para avisar que estava trabalhando em um estado do outro lado do país. Na mesma ligação, o meu amor disse ao irmão que iria ser pai. Ele falava alto e sorria ao mesmo tempo. Eu nunca ouvi pronunciar algumas palavras com tanto orgulho e satisfação. Tenho certeza de que o irmão dele também não.

domingo, 27 de março de 2011

Eterno amor

Essa eu escrevi quando tinha 14 anos, mas ainda me lembro para quem e porque... Ainda me lembro do que senti. Do vazio por não ter tido coragem de fazer alguma coisa.
É incrível como determinadas coisa teletransportam a gente para uma outra época. Uma época que me auto-denominava "loneliness's tears". Uma época que lamentavelmente não volta mais. E achamos que se voltasse-mos faríamos tudo diferente, da maneira certa... Será?

Eterno Amor

Quando te tinha, perdi
E em meus sonhos jamais o vi
Apesar de nunca ter tido você realmente
No desespero, agi inconsequentemente
Fui a sua procura, te procurei no fim do mundo
E no pouco que te encontrei, te perdi em um segundo
Já amavas outra pessoa
Na razão de sua loucura
Escapastes por entre meus dedos
Causando em mim martírio e desespero
Derramando em mim sua dolorosa tortura
Nem em outras pessoas te encontrei
sozinha fiquei
Mas ainda penso no amor que podias ter sentido por mim
E acabei ficando louca
Te esperando amor sem fim

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

BRUCE, Meu querido Bruce

Finalmente, me computadorizei. Fiquei tão ansiosa e feliz que acho que senti o quentinho. Fiz de tudo para acessar a internet o mais rápido possível. Ah! Que sonho! E assim passei as tardes e noites mais assexuadas da minha vida. O mais parecido que tinha com sexo, eram as conversas apimentadas que tinha no MSN, com completos desconhecidos ou ex colegas de trabalho, que perdiam a vergonha e o pudor somente  pelo fato de estarem do outro lado da rede. Aí se perde completamente a noção do ridículo e da realidade, com promessas de fazer isso e aquilo comigo, sem ter a mínima preocupação com os erros de português. Isso eu não admito. Coisas do tipo escrever “CONSERTEZA”, ou colocar alguns bonequinhos indecentes pelados, fazendo alguma coisa engraçada que até hoje eu não descobri o que era... Enfim, parece uma coisa sobrenatural, mais toda vez que eu encontrava uma pessoa interessante, que não era um completo depravado, o Bruce – Foi como chamei carinhosamente meu primeiro computador, em homenagem ao Bruce Willis – simplesmente reiniciava, e eu perdia a conecção e quando voltava já era tarde. – Bruce ! Não faz isso – Eu exclamava – Como se ele fosse uma pessoa ciumenta que puxa a tomada quando vê que a “parceira” está fazendo algo de errado. (Minuto de Silêncio – Risos). Impossível! Bruce era impossível, mas passamos bons momentos juntos. Foi um bom tempo de desemprego e nos momentos de tédio, era ele quem me animava, nos ataques de solidão, ele era meu companheiro, nas procuras por emprego, ele foi minha ajuda. Bruce, meu querido Bruce. Fiquei tão apegada à ele, que não passava um dia sem estar à sua frente. Ouvíamos música, jogávamos, assistíamos filmes até tarde... Uma relação satisfatória. Sem traições, mentiras, atrasos, compromissos. O único absurdo é que ele não era de verdade – Que ele não me ouça. Ainda tento entender como existem pessoas que abdicam totalmente de uma vida social real, por uma vida cibernética. Trocam beijos e atividades, por bits e Bytes, Kbytes, Megabytes... É frio. É totalmente frio. O metal e o plástico que compunha o Bruce era frio, apesar do Bruce ser tão terno, e seu corpo esquentar com a eletricidade. Mesmo tendo esta consciência disso, não pude deixar de ficar triste quando ele pegou um vírus e ficou o final de semana longe de mim. Foram poucas e boas... Muitas gargalhadas, lágrimas... Ia tudo bem. Até o momento que, por motivos de força maior, o Bruce teve que ir embora. Lamentavelmente, a casa se tornou pequena demais para nós dois, ou melhor, nós quatro... No dia da despedida, fui pessoalmente levar o Bruce para sua nova amiga, ou melhor, dona. Até hoje, de vez em quando, visito o Bruce. Ele continua o mesmo. E eu agora tenho um amor novo. Nicolas, O note Book.